Esta é parte da newsletter A Companhia, que analisa se é o momento ou não de comprar ações da Randon e traz os pontos positivos e negativos da empresa. Na newsletter completa, apenas para assinantes, veja perspectivas da empresa, para qual perfil de investidor é indicada, se ela está barata e quais os valores de compra e venda recomendados. Quer receber a edição completa no seu email na semana que vem? Clique aqui.
O destaque da semana na newsletter A Companhia é a Randon, que produz soluções em equipamentos, sistemas automotivos e serviços para o transporte, escolhida por Renato Cesar Chanes, analista da Ágora Investimentos.
O especialista lembra que, além de atuar no setor de implementos rodoviários, o grupo tem empresas que integram a cadeia automobilística e outros segmentos, como uma administradora de consórcios e um banco.
No terceiro trimestre, a Randon obteve lucro líquido de R$ 147,7 milhões, com queda de 49% frente a igual período de 2021.
Após recuarem 29% em 2021, as ações preferenciais da Randon (RAPT4) registram perda de 8,3% neste ano, até 10 de novembro, conforme informações do TradeMap, hub independente do mercado financeiro.
Saiba mais sobre a Randon
Criado há mais de 70 anos, o Grupo Randon é o maior fabricante de reboques e semirreboques da América Latina.
A partir da sede em Caxias do Sul (RS) e de unidades espalhadas pelo Brasil e no exterior, produz ainda carrocerias e vagões ferroviários, além de oferecer soluções em equipamentos, sistemas automotivos e serviços para o transporte.
Com vendas para mais de 70 países, é a principal exportadora brasileira do segmento de implementos.
Por que as ações da Randon são uma oportunidade para investir?
De acordo com Chanes, a escolha da empresa considera um cenário em que a Randon mantém sua participação de 30% a 40% no mercado nacional de implementos e se beneficia da recuperação das vendas de vagões – em razão de novos investimentos ferroviários e da previsão de uma nova safra recorde.
O especialista destaca também o efeito limitado de pré-compra dos produtos da empresa visto ao longo deste ano. Segundo ele, isso deve resultar em boa demanda em 2023, após a adesão completa da indústria nacional de caminhões ao sistema Euro-6, um conjunto de normas que prevê redução no nível de emissões de poluentes para motores a diesel.
Por fim, acredita que a participação direta da Randon na Nione, uma empresa de nanotecnologia, pode agregar valor ao longo do tempo. Tal companhia desenvolve, produz e comercializa soluções utilizando nanopartículas de nióbio, titânio e outros elementos, para os mais diversos segmentos industriais.
Pontos a favor
- Novas linhas de crédito para o setor oriundas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social);
- Renovação da frota nacional de caminhões com a adoção do Euro 6 (padrão de emissão de poluentes);
- Ganho de valor derivado da Nione, empresa de nanotecnologia do grupo.
Pontos contra
- Aumento de custos com matéria prima, principalmente aço;
- Desaceleração mais acentuada da atividade econômica;
- Acirramento da concorrência – embora a Randon seja líder em participação de mercado e “top of mind” (com maior lembrança de marca entre os consumidores) no segmento.
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